Olá, seja Bem-vindo

domingo, 25 de outubro de 2009

Rostos famosos, pixels deformados. Veja o que acontece quando as celebridades aparecem nos jogos.

Os video games estão evoluindo a passos largos e hoje já se apresenta como uma parte integral da indústria de entretenimento. Sua “simbiose” com o cinema é um dos aspectos mais notáveis dessa integração, promoções entre mídias já são uma prática comum: lança-se o filme, o brinquedo, o video game, a música e assim por diante, faturando alto em todos os campos.

Hoje a utilização de efeitos especiais gerados por computador são uma parte essencial das grandes produções Hollywoodianas, e por consequência, dos jogos inspirados nelas. Para tanto a tecnologia evolui constantemente para acompanhar a imaginação dos diretores e dos próprios programadores e designers que concebem novas formas e efeitos, entregando assim visuais cada vez mais espetaculares.

Com a cara e a coragem
Emprestando o seu rosto


Entre essas tecnologias está a Facial Motion Capture (captura de movimento facial) ou Performance Capture (captura de performance). Esse processo eletrônico converte os movimentos e contornos faciais e uma pessoa para uma database utilizando câmeras e scanners laser.

Uma vez “construído” esse modelo virtual, a database é utilizada para a produção de CGs (computer graphics), animações computadorizadas para utilização em filmes, jogos ou avatares — que por sua vez é reproduzida de forma análoga a da realidade. Dessa forma, além de entregarem movimentos mais realistas — que observam muito mais nuances — você também conta com reproduções mais fiéis dos rostos e movimentos de seus atores e desportistas favoritos.

Atualmente existem duas tecnologias predominantes para a captura de expressões faciais e movimentos, uma que utiliza marcadores e outra sem marcadores para a análise do sistema.  O sistema com marcadores consistem basicamente na aplicação de mais de 350 pontos de referência na face do ator ou objeto, filmando-o em seguida com câmeras de alta resolução — esta foi a técnica utilizada em filmes como O Expresso Polar (Polar Express) e Beowulf.

Enquanto isso, a tecnologia sem marcadores utiliza elementos da face (narinas, cantos dos lábios, rugas, etc.) para marcar o “objeto” escaneado. Essa forma de captura concede maior “liberdade” de expressão facial dos atores, já que acompanha quadro a quadro, todos dos movimentos do rosto.



Cara a Cara
Rostos conhecidos ou desfigurados


Nesse contexto as celebridades do cinema e os atletas, bem como os músicos por sinal, acabam emprestando seus talentos e feições para uma sorte de projetos. Se antes a carreira deles se resumia a atuar em filmes, jogar bola ou escrever uma canção, agora eles também devem aparecer em jogos de video game — cedendo a sua imagem ou participando de seções de captura facial.

E é ai que entre a história das “renderizações” de celebridades dentro dos jogos. Se muitos acabam se constrangendo com as nada galantes fotos policiais, ou os famosos flagras no mercado da esquina usando moletom, nada se compara ao vexame de aparecer de forma “deformada” em um video game.

Preste atenção no persongem da esquerda!A beleza dos atores é destruída em um amontoado de pixels e texturas mal trabalhadas. O talento é reprimido pela barreira bidimensional de modelos robóticos somente reconhecidos pelos mais ardorosos fãs.

Reparem nos personagens da imagem ao lado.
Pois o pálido rapaz da esquerda é ninguém menos que o grandioso, o inigualável, o carateca, o guardião do Texas, o roundhouse kick em pessoal, Chuck Norris! Exatamente, mesmo se tratando de um jogo do Atari 2600, a semelhança entre os dois é impressionante (o pessoal da redação acredita que o risco vermelho na cabeça de Chuck não é uma faixa, mas sim a sua imponente barba).

Mas não precisa se preocupar, a tecnologia evoluiu muito desde então e hoje já podemos apresentar gráficos mais realistas, capazes de transformar os bruxinhos de Hogwarts em... zumbis famintos!
Miolos...
Apesar dos avanços nos jogos e dos excelentes efeitos especiais presentes nos filmes, a franquia Harry Potter não consegue acertar nos video games. Desde a primeira edição os atores parecem “apanhar” antes de entrarem para o mundo virtual, chegando totalmente desfigurados do outro lado da proverbial “toca do coelho”.

Mas nem tudo são horrores, alguns astros são bem representados no mundo virtual. Um bom exemplo é o caso de Jean Reno (aquele francês de Missão Impossível e Godzilla) e Takeshi Kaneshiro. (o salvador da Terra em O Retorno) A dupla aparece em toda a sua glória digital no famoso título do PS2,
Onimusha 3: Demon Siege.

Na pele de Jacques Blanc e Akechi Samanosuke, os atores encaram uma trama fantástica que mistura magia, suspense e muita ação, mas o destaque fica por conta dos gráficos que traduzem com maestria a aparência dos dois — que por sinal também emprestam suas vozes para a dublagem dos personagens. Além disso, a produção é original, e não se baseia em nenhum filme ou algo parecido.

Jean Reno e seu inconfundivel na... sotaque francês.

Paciência é uma virtude

O caminho para o sucesso


Se uns são bons e outros são ruins, alguns são ambos. Keanu Reeves já cansou de salvar o mundo, seja de demônios, de máquinas, de jogares de futebol em greve, dos próprios seres humanos, de uma guria que vai morrer e assim por diante.

Acreditem, o cara da direita é o Keanu!Seus incríveis poderes messiânicos hollywoodianos incluem a persistência. As primeiras incursões do astro de Matrix, Constantine e O Dia Em Que a Terra Parou nos video games, foi com a adaptação de um de seus primeiro filmes, Bill & Ted - Dois Loucos no Tempo. Nessa época a tecnologia — e o próprio Keanu —  não eram tão desenvolvidos assim e o resultado foi essa coisa ai do lado.

Com o passar do tempo a tecnologia se desenvolveu, e a carreira de Keanu Reeve decolou. Até o surgimento da emblemática franquia Matrix, concebida pelos cineastas Andy e Larry Wachowski. Além de promover grandes avanços na computação gráfica cinematográfica Matrix, também estabeleceu novos padrões gráficos nos video games, levando seus atores para o mundo virtual e integrando os jogos com os filmes de forma singular.

Bem melhor!
Porém, o melhor ainda estava por vir. Em 2005 o homem que havia derrotado as máquinas, viajado no tempo, encarnou o icônico John Constantine, personagem das revistas em quadrinhos do selo Vertigo (parte da DC Comics).

O filme fez algum sucesso — e ainda correm rumores de uma continuação —, enquanto que a sua adaptação para os video games passou despercebida pelos jogadores, no entanto, essa adaptações trouxe a melhor “renderização” do baixista da banda Dogstar — Keanu Reeves.

Agora sim!

Por falar em evolução é interessante conferir o árduo caminho trilhado por algumas franquias. Vejamos como foi a “plástica” dos vários atores que já assumiram o papel do inigualável agente secreto 007.  Quem não se lembra do saudoso 007: GoldenEye, do Nintendo 64.

Assim fica difícil de servir a Majestade. Otítulo que cativou uma geração possuía gráficos de ponta — para a época —, que traumatizaram uma leva de fãs do pobre Pierce Brosnan. Os rostos deformados e as cabeças retangulares são verdadeiros protótipos de máscara de Dia das Bruxas.

Coitados dos atores, todos, sem exceção, emprestaram sua imagem para a produção do jogo, isso inclui o 007 (Pierce Brosnan), as bondgirls Natalya Simonova (vivida por Izabella Scorupco) e Xenia Onatopp (encarnada pela exuberante Famke Janssen) e o bandido da vez, Alec Trevelyan, o 006 (interpretado por Sean Bean), sem contar as outras vítimas.


Deixando para trás as aberrações do passado, a franquia 007 revisita um dos filmes mais celebrados da extensa carreira “diplomática” do agente a serviço da majestade.

A versão para os video games do filme Moscou contra 007, trazia o primeiro e mais notável James Bond de todos, Sean Connery, e consigo um visual muito mais refinado, mesmo sem poder contar com as tecnologias de escaneamento facial — já que Sir. Sean Connery já passou da idade de usar ternos, aturar em comunistas e beber vodka-martini (batido, não mexido)
.

Nunca mais, outra vez.


O tempo passou, novas versões foram lançadas (007 Nightfire e James Bond 007: Everything or Nothing), Pierce Brosnan deixou de ser o rosto de 007 nos cinemas e um novo astro assumiu o terno e o número mais perigoso do mundo.  Daniel Craig estrelou 007: Cassino Royale e na continuação 007: Quantum of Solace, que ganhou uma versão para os video games.

O retorno da franquia ao cinema e aos jogos veio acompanhada de grandes  reformulações, no que diz respeitos aos games, a jogabilidade foi retrabalhada e os gráficos totalmente revigorados que finalmente trouxeram uma “renderização” apropriada do agente secreto nos video games.
Agora sim!


A olhos vistos
Melhorando a cada ano


Outro bom exemplo de evolução das “renderizações” são os jogos de esporte. Especialmente os da linha FIFA e Pro Evolution Soccer. A cada ano as franquias se superam entregando visuais e animações de alto nível.

Dos trejeitos em campo a semelhança física, culminando nos detalhes do rosto. Os atletas são recriados nos mínimos detalhes e a edição de
Pro Evolution Soccer 2010, apresenta o ápice desta escalada. Bem distante de Allejo, Fuerte e seus compatriotas de International Superstar Soccer Deluxe. 

Confira as comparações com a versão 2009 da própria franquia PES:

Show de bola!Show de bola!

Eu mudei, mas os meus cabelos...

Estilizado mas parecido


Uma saída inteligente para os problemas de transposição do real para o virtual é a utilização de gráficos estilizados. Filtros ou opções artísticas diferentes dão um toque especial ao título. Um dos maiores representantes dessa fórmula é a franquia Guitar Hero, que a cada edição vem trazendo novos convidados especiais.

Eu voltei!Os astros passam por várias seções de captura de movimento — para que seus trejeitos e traços físicos sejam devidamente reproduzidos — e então recebem um tratamento gráfico especial, assumindo um estilo peculiar, próprio da série, mas mantendo a sua fisionomia e grande parte do seu “comportamento físico” (modo de andar, tocas o instrumento, de se portar no palco e assim por diante).

Slash, Tom Morelo, Sting, Carlos Santana, Ozzy Osbourne, Zakk Wylde e até mesmo Kurt Corbain, Johnny Cash e Jimi Hendrix são apenas alguns dos cantores que já passaram pela série Guitar Hero, todos muito parecidos, mas com detalhes extremamente estilizados.

Outro bom exemplo é o recente
Brütal Legend, que traz as feições e trejeitos do ator Jack Black, porém com um tom cartunesco, a semelhança está presente no traço, mas os gráficos estilizados escondem o realismo. Por sinal, Jack Black não é o único presente em Brütal Legend, também emprestam suas vozes e aparencias Lemmy, Rob Halford, Lita Ford e Ozzy Osbourne, entre outros.
Yeahhhhhhhhhhhh

Fonte: Baixaki Jogos

0 comentários:

:)) ;)) ;;) :D ;) :p :(( :) :( :X =(( :-o :-/ :-* :| 8-} :)] ~x( :-t b-( :-L x( =))


Se quizer postar um comentário aqui no Way Games, poste avontade, mas só serão aceitos comentários que se adequarem as regras. seu comentário não poderá ter:

Palavrões
Ofensas gratuítas
Links de outros blogs(propaganda).

Os comentários serão respondidos na medida do possível, pois é impossível responder todos ao mesmo tempo, obrigado.

Visite também o F.A.Q. do blog.

Muito obrigado por sua visita. Volte sempre!

Novo Comentário

Próxima Página Home